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sexta-feira, 10 de setembro de 2010

PASSAIA LANÇA LIVRO E COLOCA 5 DEPUTADOS FEDERAIS NA CORDA BAMBA


Em forte esquema de segurança o secretário de Governo e Comunicação da Prefeitura de Dourados, Eleandro Passaia, lançou há pouco o livro "A Máfia do Paletó". O evento lotou a recepção do teatro Municipal.

Logo que chegou, às 19h30 em ponto, Eleandro foi cumprimentado por amigos e colegas de imprensa. Rapidamente ele usou o microfone para agradecer a presença de todos. Eleandro novamente fez questão de deixar claro que tudo o que está escrito na obra é verdade e de fato aconteceu.

No livro ele comenta que mexeu "num vespeiro ao escrever o livro.

"A máfia descrita por Passaia é formada - além do próprio prefeito, de secretários, vereadores, servidores e empresários – pelos parlamentares que atuam em Brasília para conseguir recursos da União e depois cobram a fatura depois, exigindo a devolução de parte dos valores.
Retorno aos federais - Um capítulo do livro é destinado a explicar como isso ocorria em Dourados e Passaia não poupa nomes.
Afirmando não ter provas sobre tantas outras denúncias, ele diz que vai se ater ao conteúdo das conversas gravadas e entregues à Polícia Federal e, a partir daí, cita como parlamentares que adotariam essa prática, sempre usando para a cobrança de valores os assessores.

O primeiro nome que aparece é deputado federal e candidato ao Senado, Dagoberto Nogueira (PDT). “Sérgio Castilho, assessor especial do Dagoberto Nogueira (PDT), sempre cobrou o direcionamento das licitações”, garante. Passaia fala em um percentual de 5% dos investimentos viabilizados por Dagoberto que seriam devolvidos a ele.

Na sequência, fala de Walquiner Gonçalves França, assessor do deputado federal Antônio Carlos Biffi (PT). “Fazia as mesmas exigências”, afirma. “Nunca deixou de cobrar retorno dos investimentos garantidos através da intervenção do legislador petista”.

Outro citado é o deputado federal Wander Loubet (PT), o mais votado nas eleições passadas no Estado. Passaia diz que, assim como os outros, ele nunca fala pessoalmente em dinheiro. “Mas o funcionário Sandro Omar de Oliveira Santos diz ser o mensageiro de Vander Loubet”.

Douradenses- O deputado federal com base política em Dourados Geraldo Resende é avaliado por Passaia como o “maior ator entre os deputados”. O jornalista e secretário afirma que o peemedebista cobra em praça pública a agilização das licitações, de olho na comissão que pode levar. “Numa conversa em seu escritório em Dourados me convenci de que seus ideais não são tão puros quanto parecem. Reclamou de que precisa do “retorno das verbas garantidas para dar o mínimo de viabilidade a seus projetos”, testemunha.
Passaia afirma ter tentado, enquanto estava travestido de espião da Polícia Federal, fazer com que Resende falasse mais dos retornos. “Mas o legislador se esquivou como o diabo foge da cruz”. Ele comenta ainda que, dias depois desses fatos, Artuzi e Geraldo Resende romperam relações e não houve mais conversa sobre o assunto.
O último parlamentar cujo nome aparece no livro entre os que cobram comissão pelos investimentos conquistados para Dourados é Marçal Filho, também da cidade. “Marçal e a esposa, Keliana Fernandes, cobraram pessoalmente o adiantamento do retorno das obras. Concordaram inclusive em desviar dinheiro da Secretaria de Saúde para pagar as despesas de um show da rádio 94 FM, de propriedade do casal”, escreveu Passaia.
Sobre os outros deputados federais, Waldemir Moka (PMDB), Nelson Trad (PMDB) e Antônio Ferreira Cruz (PP), Passaia disse não ter conversado com nenhum deles sobre recursos destinados a Dourados enquanto secretário de Governo".


Estou ciente dos processos que enfrentarei; das ameaças inevitáveis; do dissabor da censura. Mas não me arrependo de ter puxado o gatilho da sensatez. A vida apresentou uma encruzilhada. Local e tempo ideais para descortinar um grande esquema fraudulento executado com verbas da União".
Passaia vai lançar mais dois livros-reportagens sobre o desdobramento da Operação Uragano, que levou para atrás das grades 29 pessoas.

De acordo com o autor, muitos nomes que ainda não apontados pelo inquérito da Polícia Federal (PF) estão inseridos nesse primeiro livro. “Posso dizer que são cerca de 15 pessoas influentes, entre políticos e empresários, que estão infil-trados no esquema de corrupção”, adiantou Eleandro Passaia. De acordo com a Polícia Federal, o prefeito Ari Artuzi é considerado chefe da quadrilha que “sangrava” os cofres públicos de Dourados.
A Máfia do Paletó, de acordo com Passaia, reúne detalhes importantes sobre o esquema de superfaturação de dinheiro público. “Muitas coisas que não estão no relatório só serão encontrados no livro”, destacou. Foram confeccionados dois mil exemplares para o lançamento, quantidade que, segundo o autor, pode ser insuficiente diante da curiosidade da po-pulação em conhecer as falcatruas da política. Ele acredita que serão necessários mais três mil exemplares. A obra, co-mercializada no valor de R$ 15, poderá estar à venda nas bancas de revistas. Até agora não está definido nenhum outro local de venda, exceto hoje, durante o lançamento, no Municipal.

OBJETIVO
O autor acredita que obra poderá ajudar a população entender como funciona o esquema de corrupção de uma cidade. “Trata-se de um livro com linguajar simples, de fácil compreensão. A ideia é fazer com que a sociedade conheça como ocorre o esquema de uma política corrupta”, pontuou Passaia.

OUTRAS OBRAS

O segundo livro de Passaia será lançado até o final de outubro. “Vou reunir novos detalhes da Operação Uragano”, adiantou, ressaltando que mais nomes de pessoas influentes serão citados na obra. Questionado sobre a possível reper-cussão do livro em nível nacional, Passaia disse que ainda não pensou nessa possibilidade. Já a terceira obra, que deverá ser lançada em novembro deste ano, culminará com todo o trama da corrupção da políti-ca douradense. “Será um livro que vai conter toda a história da Operação, passo a passo como era feito o esquema, as prisões, o desenrolar de todo o esquema”, finalizou.

Fonte: campogrande news
Dourados agora

PSOL DIZ QUE NEI BRAGA ESTA FAZENDO CAMPANHA PRO GOVERNO

Eliane Souza

O candidato a Senador pelo PSOL, Jorge Batista emitiu um comunicado para a imprensa, onde acusa o candidato ao governo do partido Nei Braga de estar aliado com PMDB no pleito deste ano, que tem como candidato ao Governo André Pucinelli. Inclusive, acusa sua legenda de ter recebido dinheiro da coligação peemedebista para fazer ataques ao PT.

Com o título: Negociata eleitoral - No bolso do PMDB, candidato a governador do PSOL persegue Jorge Batista – o concorrente ao Senado ainda faz acusações contra o presidente do PSOL no Estado, Lucien Resende.
Segundo ele, por não aceitar imposição de sua legenda, passou a ser perseguido politicamente. Em um dos trechos o comunicado traz que “O candidato a governador pelo partido, senhor Nei Braga, mancomunado com o presidente da legenda, Lucien Resende, e com o renunciante candidato a suplente de senador, Ubiraci dos Santos, estão protagonizando o que pode ser considerada a maior negociata eleitoral – descarada – que já se viu no Estado”.

Em outro trecho Jorge Batista afirma que “A direção do partido e o candidato Nei Braga estão no bolso do governador André Puccinelli. Prova disto é a forma agressiva com que o candidato do partido age em referência ao candidato do PT e se esquece das mazelas do outro adversário da nossa legenda”.

Jorge Batista denuncia ainda no comunicado que foi chamado para fazer parte do “esquema”, porém se recusou. Segundo ele “foi convidado para bater no Zeca e no Dagoberto {Nogueira, candidato a Senador pela coligação de Zeca}. “Primeiro, o partido impôs um caminhão de obstáculos para que eu registrasse minha candidatura. Agora vem a renúncia do primeiro suplente, sob a desculpa de que é de esquerda e que eu não cumpro os compromissos partidários”. O suplente mencionado é Ubiraci dos Santos.

Jorge Batista denuncia que no dia 26 de agosto deste ano, um motociclista parou em frente a sua casa, no bairro Monte Castelo, e fez fotos do veículo de sua esposa, Etelvina Vitorino Sobrinho, que é candidata a deputada estadual pelo PP. Batista não estava em casa, mas, segundo ele, os vizinhos contaram que o homem etava armado. “Esta perseguição é caso de polícia. Tenho medo deste povo me assassinar. Se eles continuarem, vou pedir proteção da Polícia Federal”, diz.

Outro lado

O Midiamax entrou em contato com Lucien Resende. Ele justificou as acusações dizendo que quem “fechou” acordo político foi Jorge Batista e não o PSOL. “Ele sim traiu o partido. Em todo País nosso partido vem combatendo o PT, mas ele {Jorge Batista} é um dos maiores cabos eleitorais do Delcídio {do Amaral, candidato ao Senado}. E tem mais: a esposa dele é candidata a deputada estadual pelo PP, que está coligado com o PT no Estado, que não apoiamos.

A reportagem também tentou conversar com o candidato Nei Braga, mas ele não atendeu o celular.

Leia na íntegra a nota de Jorge Batista:

NEGOCIATA ELEITORAL

No bolso do PMDB, candidato a governador do PSOL persegue Jorge Batista

O que Heloísa Helena, com seu idealismo político, jamais poderia imaginar, está acontecendo em Mato Grosso do Sul. O candidato a governador pelo partido, senhor Nei Braga, mancomunado com o presidente da legenda, Lucien Resende, e com o renunciante candidato a suplente de senador, Ubarici dos Santos, estão protagonizando o que pode ser considerada a maior negociata eleitoral – descarada – que já se viu no Estado.

O candidato Jorge Batista disse à imprensa, tão logo Ubiraci renunciou à disputa da primeira suplência do Senado, que isto é uma decisão orquestrada no escritório de Lucien. “A direção do partido e o candidato Nei Braga estão no bolso do governador André Puccinelli. Prova disto é a forma agressiva com que o candidato do partido age em referência ao candidato do PT e se esquece das mazelas do outro adversário da nossa legenda”.

Jorge Batista que milita na esquerda política brasileira há mais de três décadas, comenta que os atuais dirigentes do PSOL não passam de oportunistas. Ele chega a admitir que foi “convocado” pela direção do partido para “bater no Zeca e no Dagoberto”. Como não aceitou a missão imposta pelo presidente da legenda, Lucien Resende, passou a ser alvo de perseguição da direção partidária.

“Primeiro, o partido impôs um caminhão de obstáculos para que eu registrasse minha candidatura. Agora vem a renúncia do primeiro suplente, sob a desculpa de que é de esquerda e que eu não cumpro os compromissos partidários”.

Pior, segundo Jorge Batista, é que ele tem prazo até o dia 14 para apresentar um nome para substituir o suplente renunciante e a direção partidária já avisou que vai colocar todos os obstáculos possíveis para que ele não possa cumprir a legislação eleitoral. “Eles estão ou não estão no bolso do André Puccinelli?”, questiona Jorge Batista que aparece nas pesquisas com 3% das intenções de votos, mesmo não tendo conseguido, ainda colocar no ar sua propaganda eleitoral.


Fonte: midiamax