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quarta-feira, 30 de março de 2011

DEPUTADO QUER COLOCAR PUBLICIDADE EM FARDAS DA POLICIA NO RIO DE JANEIRO

Uniforme atualmente usado pelo Batalhão de Choque, um dos grupos da Polícia Militar do Rio de Janeiro

A Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro votará nesta quarta-feira (30) um projeto de lei que autoriza a veiculação de anúncios publicitários nos uniformes e fardas utilizadas pelas forças policiais do Estado. A proposição é do deputado estadual Wagner Montes (PDT-RJ) e, se aprovada, vai contemplar as polícias Civil, Militar, oficiais do Corpo de Bombeiros e agentes do Departamento do Sistema Penitenciário (Desipe). O servidor que utilizar a roupa patrocinada receberia meio salário mínimo (R$ 272,5) a mais.

"Diante da impossibilidade financeira do Estado em conceder melhoria salarial digna aos membros dos órgãos de segurança e da necessidade de que ela ocorra, apresento esta proposição que permitirá que empresas tenham sua logomarca aplicada nos uniformes/fardamento dos órgãos de segurança, e em contrapartida participarão com verba que irá diretamente para os servidores", argumenta o deputado no texto do projeto.
Montes explica que as empresas interessadas poderiam adotar uma ou mais unidades de cada órgão de segurança. Cada unidade policial teria um anunciante específico e o valor do patrocínio seria calculado da seguinte forma: meio salário mínimo regional multiplicado pelo número de servidores de um determinado batalhão ou delegacia. A verba complementaria o salário do servidor de forma integral e constaria nos respectivos contracheques.


De acordo com o projeto de lei, somente "empresas que em sua atividade fim coadunem com o bem-estar da sociedade fluminense" teriam direito a estampar suas marcas nos uniformes e fardas. Em caso de operações conjuntas, considerando a possibilidade de um patrocinador específico para cada unidade policial, ocorreria uma situação inusitada: a exibição de várias marcas.

A Secretaria de Segurança Pública do Rio de Janeiro ainda não se manifestou a respeito da proposta.


Fonte: UOL NOTICIAS

sábado, 26 de março de 2011

ESTRESSE POLICIAL: HOMENS DA SEGURANÇA PÚBLICA ESTÃO NO LIMITE


Quando o policial tira a farda num ato de raiva ou o bombeiro mostra uma motosserra numa briga banal é sinal que algo pode estar errado. E não são casos isolados. Há relatos graves de problemas de saúde na segurança pública, indicando que é preciso reforçar a área e impedir que o pior aconteça para os próprios policiais e à sociedade.

A constatação do DC saiu após entrevistas com policiais, psicólogos e episódios recentes em Santa Catarina. De farda ou não, quem trabalha contra o crime afirma que a situação assemelha-se a uma "bomba-relógio". Para eles, a condição salarial, a falta de efetivo, as crises internas e o não-acompanhamento fixo da saúde dos profissionais agravam o estresse que a própria atividade gera.

Resultado: atos de perda total de controle como o do soldado Mário Casprechen, 37 anos, de Joinville, que sofre de transtorno bipolar e mesmo assim atuava no policiamento ostensivo. Descontrolado, Casprechen tirou a farda ao atender uma ocorrência envolvendo adolescentes.

Em São José, na Grande Florianópolis, o bombeiro Fernando Eller da Cunha, 39 anos, teve a prisão preventiva decretada após se envolver em duas brigas. Numa delas precisou ser contido por 10 pessoas. Na segunda confusão, mostrou uma motosserra ao motorista de um ônibus. Ele está internado.

Histórias de servidores da segurança com sintomas de doenças causadas pelo estresse e de situações contra a ordem são comuns no Estado. Um soldado ouvido pelo DC e que pediu para não ser identificado para evitar punição interna contou que chegou a tentar o suicídio há dois anos.
— Ninguém entra na profissão doente. É coisa que adquiri vivenciando mortes, vendo corpo decepado, tendo de tirar vida na rua. Quando cheguei no ponto crítico tentei o suicídio. Antes levaria três superiores junto. Mas minha mulher me salvou — emociona-se o soldado que ficou quatro meses fora das ruas, mas decidiu retornar mesmo sem terminar o tratamento para não perder parte do salário.

Outro soldado ouvido pela reportagem está há dois meses em tratamento psiquiátrico e continua trabalhando. Tem insônia, brigou duas vezes no trânsito quando estava de folga e discutia fácil em casa com a família. Agora, sob acompanhamento médico, consegue dormir depois de tomar medicação controlada (tarja preta). Para o PM, que também teme represália e não quer ter o nome revelado, 40% do estresse são por causa da questão financeira.

— Senti que não tava legal quando discuti com um superior. Ele mandou eu notificar um veículo rebaixado que estava parado. Notifiquei mas não assinei a multa. Ele mandou eu me apresentar no outro dia que era a minha folga — recordou, apontando o estresse com os superiores como outro motivo que afeta a saúde dos praças.

Os dois afirmam que sabem de colegas que passam por situações semelhantes. Um dos casos recentes, em Florianópolis, é o de um PM que participou da operação no Morro do Horácio na noite de 11 de fevereiro deste ano. Na ação, o jovem Guilherme dos Santos da Silva, 23 anos, foi morto a tiros pelos policiais. Depois do fato, o soldado passou a ter alucinações de que estaria sendo seguido. Numa crise, saiu em alta velocidade e se acidentou de moto. Ele está internado com lesões nos braços.

Afastamentos na PM e na Polícia Civil


Na Polícia Militar, 432 PMs são afastados por problemas de saúde por ano. Isso representa 4% da tropa. O índice é preocupante, mas ainda considerado baixo, avalia o diretor de saúde e promoção social da PM, coronel Cantalicio de Oliveira.
A PM tem hospital próprio, na Capital, mas ele não é credenciado para atender casos psiquiátricos como o do soldado de Joinville. Cantalicio justifica que a unidade é de pequeno porte. PMs que se acidentam em serviço contam com assistência completa. Fora do trabalho, há desconto apenas para os que contam com o plano estadual de saúde, o qual é opcional.

Na Polícia Civil, dos 3.274 policiais civis na ativa, 33 estão afastados por problemas de saúde. São 28 agentes, quatro escrivães e um delegado. Uma situação considerada preocupante é o fato de a Civil ainda não contar com psicólogos em sua estrutura no interior.

A psicóloga Clarice da Silva informou que há expectativa de ingresso de 60 novos psicólogos aprovados em concurso até o segundo semestre deste ano. Ela ressalta a criação em junho do ano passado da coordenadoria de saúde ocupacional que tem acompanhado os casos de doenças de trabalho e mortes de policiais.

Problema atinge quem trabalha com jovens

Os problemas de saúde na segurança pública também atingem servidores do sistema prisional e de adolescentes infratores. Nesses ambientes há tensão da superlotação, tentativas de fuga a todo instante e até de denúncias de violência.
— Percebi que algo estava errado comigo quando agredi um interno. Perdi o controle, a noção do perigo, a família ficou desestruturada — desabafa o agente socioeducativo que ficou nove meses afastado por transtorno bipolar.

Na rotina com os internos, ele conta que sofria ameaças de morte, que o ambiente de trabalho era insalubre e sofria abalo psicológico ao ver internos dormindo em espaços em que as fezes transbordavam do vaso sanitário.
— Tenho vários colegas com problemas de saúde, bipolaridade e até alcoolismo. Não há ajuda psicológica — reclama o agente, que continua fora do serviço.

O Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Estadual de SC (Sintespe) afirma que entre os agentes penitenciários são corriqueiras as reclamações das condições de saúde.
— Há casos de depressão e de quem depende do álcool. Muitos não tiram licenças prolongadas porque perderiam horas extras e adicional noturno, e teriam prejuízo salarial — diz o secretário geral do Sintespe, Mário Antônio da Silva.

O abalo em crimes sexuais

Na atividade policial, a necessidade de apoio psicológico tem sido essencial para quem trabalha com crimes sexuais. Em Santa Catarina há casos de policiais que sofreram abalos ao atuar em operações que envolveram pedofilia.
Isso aconteceu em 2009 na investigação da rede de pedofilia descoberta pela Diretoria Estadual de Investigações Criminais (Deic). Em outra operação, desencadeada pela Polícia Federal, agentes femininas que escutavam grampos telefônicos de suspeitos pediram para trocar de função depois de ouvirem conversas de suspeitos com relações sexuais com crianças e adolescentes.

O deputado Nilson Gonçalves propôs ao Estado assistência psicológica aos servidores da segurança no projeto de lei 149. A iniciativa teve apoio do deputado sargento Amauri Soares, mas foi vetada em 2009 pelo então governador Luiz Henrique da Silveira.

Fonte: Hora de Santa Catarina

ESTIMULAR E DEPOIS FRUSTAR AS EXPECTATIVAS DE POLICIAIS CIVIS, MILITARES E BOMBEIROS DE TODO O PAÍS É PERIGOSO

Alfredo Sirkis*

No ano passado o governo, por razões eleitoreiras, deu luz verde para a votação da PEC 300 no Congresso e agora pretende bloquear sua aprovação final por conta dos custos que pretende serem inviáveis. Fica, no entanto, com uma batata quente nas mãos. Estimular e depois frustrar as expectativas de policiais civis, militares e bombeiros de todo o país é perigoso. Vislumbra-se uma crise no horizonte. Mas crise quer dizer também oportunidade. É preciso transcender a abordagem meramente corporativa e considerar um aumento substancial dos salários dos policiais numa perspectiva de melhor qualidade da segurança pública vinculada à imposição, em contrapartida, da dedicação exclusiva com o fim do duplo emprego.

O nó górdio da má qualidade de nossas polícias são as escalas de serviço (no Rio, 24h x 48h, na PM, e 24 x 72, na polícia civil) que fazem da profissão policial uma ocupação part time. Na maioria dos casos, o "bico" torna-se a atividade melhor remunerada do policial e a falta de uma rotina profissional bem enquadrada, com os policiais dedicados à segurança pública apenas um ou dois dias por semana compromete seriamente sua qualidade sem falar no muito que facilita atividades típicas de "banda podre".

Defendo a dedicação exclusiva e um fundo nacional, nos moldes do FUNDEP, para ajudar os estados a implantá-la. O momento de rediscussão da PEC 300 será favorável para tratar disso. O governo criou uma armadilha para si próprio quando em ano eleitoral apoiou a PEC 300 e agora quer eliminá-la por razões fiscais que fazem sentido mas precisam ser encaradas de uma forma mais ampla, buscando áreas de redução do gasto público que poderiam compensar (Que tal Belo Monte, trem-bala, BR 319, operações Tesouro-BNDES, etc?).

Por outro lado, a coisa não pode ser vista meramente como questão corporativa. Deve haver um aumento substancial em troca da implementação severa da dedicação exclusiva. Ela teoricamente já existe mas ninguém respeita nem faz respeitar, vistos os salários muito baixos. É uma das várias condições para chegarmos a policias de melhor qualidade. Mas é básica. Os policiais devem trabalhar só em segurança pública, mesmo no caso de horários especiais e, fora isso, aperfeiçoamento profissional, adestramento e treinamento.







Fonte: Congresso em Foco



quinta-feira, 17 de março de 2011

PEC 300: POLICIAIS E BOMBEIROS, RESPONSÁVEIS POR NOSSA SEGURANÇA NAO GANHAM O SUFICIENTE PARA DAR SEGURANÇA A SUAS FAMILIAS

Policiais militares e bombeiros: o salário baixo é só um dos problemas

Amigos, venho recebendo centenas de mensagens de policiais militares e bombeiros de todo o país agradecendo o acompanhamento que tenho feito da tramitação, no Congresso, da Proposta de Emenda Constitucional nº 300, de 2008 – a chamada PEC-300 –, que propõe uma considerável melhoria salarial nos salários desses profissionais.
Em primeiro lugar, gostaria de dizer a todos os que me enviam comentários elogiosos e aos amigos do blog que não faço favor algum com isso. O assunto é importante, interessa à sociedade e a centenas de milhares de servidores. É, portanto, minha obrigação interessar-se por ele.

Em segundo lugar, preciso esclarecer que defendo, com toda convicção, a necessidade de uma profunda, radical mudança para melhor na situação dos policiais militares e bombeiros, e que não se limita a salários: deve também abranger melhores armas, equipamentos, fardamentos e veículos, melhores instalações, formação e aperfeiçoamento contínuos – e, claro, avaliações periódicas de desempenho, para premiação e, também, eventuais punições.

A PEC-300, portanto, é pouco.

É possível, como alega o governo federal, que arcaria com grande parte dos custos da implantação da medida, que os cofres públicos não resistam à sua implantação.
Ainda assim, a PEC-300 é uma oportunidade de ouro, imperdível, para que o governo federal e os governos estaduais finalmente parem de driblar a realidade dificílima da segurança pública no Brasil, parem de fingir durante as campanhas eleitorais que essa é sua prioridade 1 – para logo depois ser esquecida – e comecem a agir.

Começando pelos pés de barro de todo o sistema: a grande maioria dos responsáveis pela segurança pública de todos nós não ganha o suficiente para dar segurança a suas próprias famílias.

Como exigir que sejam eficientes, corajosos e incorruptíveis?

Uma coisa, porém, precisa ficar clara, claríssima: como oportunamente lembraram leitores da coluna, é inadmissível o exercício de pressões indevidas, como ameaças a parlamentares, em favor da aprovação da PEC. E também é inadmissível o recurso à greve: corporações armadas pelo Estado não podem fazer greve de forma alguma. Greves de policiais são ilegais, inconstitucionais e devem ser combatidas e, se for o caso, reprimidas com o uso das Forças Armadas.



Fonte: revista veja(16/03/11) - coluna do Ricardo Setti

segunda-feira, 14 de março de 2011

INOCENTADO DE CRIME, PM É REINTEGRADO À CORPORAÇÃO APÓS 14 ANOS

Cumprindo decisão da Justiça, a Polícia Militar reintegrou hoje aos seus quadros um soldado que havia sido expulso em 1997, após ser condenado por estupro de uma menina de 8 anos.
O soldado em questão, Sebastião Alfredo Medeiros dos Santos, ganhou na Justiça o direito de voltar a ser policial militar após ser absolvido no processo, na revisão criminal feita pelo Tribunal de Justiça.
Conforme constam dos autos, ele foi acusado de, na madrugada do dia 25 de outubro de 1991, em Rochedo, Sebastião ter abusado da menina, que era prima da amásia, mediante uso de “violência presumida”.
O PM foi condenado a 9 anos de reclusão e a expulsão da corporação foi aplicada como pena acessória. Ele recorreu da sentença e na decisão de segundo grau foi inocentado. Também foi estabelecida à volta à PM.
No mês passado, o TJ determinou que a decisão fosse cumprida, o que aconteceu hoje.

VEJA A PORTARIA

 

PORTARIA "P" 189/DP-1/DP/PMMS, DE 1º DE MARCO DE 2011.

O COMANDANTE-GERAL DA POLICIA MILITAR DO ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL , no uso de suas atribuicoes que lhe confere o artigo 1º, do Decreto nº 1.148, de 13 de julho de 1981,

R E S O L V E :

1. ANULAR, a Portaria "P" 415/DP-1, de 07 Mar 1997, publicada no Diario Oficial nº 4491, de 21 de marco de 1997, que excluiu, a bem da disciplina , das fileiras da Policia Militar do Estado de Mato Grosso do Sul, o SD PM SEBASTIAO ALFREDO MEDEIROS DOS SANTOS , Mat. 204348-3, a qual foi aplicada atraves da Decisao do Tribunal de Justica "Feito-Nao Especificado Classe A -XIX -nº 47462-0".

2. Em consequencia, reincluir, nas fileiras da Policia Militar do Estado de Mato Grosso do Sul, o SD PM SEBASTIAO ALFREDO MEDEIROS DOS SANTOS , Mat. 204348-3, em cumprimento da Decisao do Tribunal de Justica/MS, extraidas de Acao Penal - nº 0600099-15.2010.8.12.0048 .

( Solucao ao Processo nº 31/300730/2011, de 28 Fev 11.)

CARLOS ALBERTO DAVID DOS SANTOS - Cel QOPM
Comandante Geral da PMMS
Mat. 200.102-01



Fonte: edição de noticias

terça-feira, 8 de março de 2011

JUÍZES DE MS AMEAÇADO PELO CRIME ORGANIZADO FALAM A VEJA


A edição da revista Veja de número 2.207, ano 44, de 9 de março, requentou a matéria “Reféns do crime”, expondo mais uma vez o juiz federal Odilon de Oliveira, que atua há 24 anos no combate ao crime organizado próximo à fronteira de Mato Grosso do Sul com o Paraguai e com a Bolívia.
Inseriu na reportagem outros magistrados, como a juíza federal Lisa Taubemblatt, titular da Vara Federal de Ponta Porã. Nas páginas 48 e 49, a Veja posta a foto de Odilon de Oliveira protegido por dois agentes federais, enquanto a juíza alega que busca proteção especial de seu colega, porém ainda não obteve tal beneficio por parte da Superintendência da Polícia Federal de Mato Grosso do Sul.
Na reportagem, entre um relato e outro, Odilon de Oliveira que ficou internacionalmente conhecido por combater e mandar prender grandes ‘chefões do crime organizado’ que agiam na fronteira, diz textualmente ao jornalista Gustavo Ribeiro que nunca mais terá uma vida normal. “Acredito que a magistratura não pode se ajoelhar diante dos criminosos, mais não aconselho um juiz jovem a fazer o mesmo que eu. Você perde sua vida, de um jeito ou de outro”.

Já a juíza Lisa Taubemblatt diz que conta com a segurança de cinco agentes pagos pelo Tribunal Regional Federal. “Somos alvos fáceis” para os envolvidos com os submundos do crime organizado que mandou prender por determinação do MPF (Ministério Público Federal) após ampla investigação feita pela Polícia Federal.
Lisa Taubemblatt diz à revista que aguarda há um mês pela resposta de proteção à sua pessoa, após ter sido apurado através de investigação que estava em curso um plano por parte de um traficante que ela havia condenado a prisão.
O suposto traficante, que não seria grande personagem como narcotraficante Luis Fernando da Costa, o ‘Beira-Mar’ teria ordenado para que seus cúmplices ‘apagassem a juíza’ e isso a obrigou a procurar apoio do TRF em bancar a sua segurança até que a PF, assim como faz com Odilon de Oliveira, designe uma equipe especial para protegê-la.

Assim como Lisa Taubemblatt e Odilon de Oliveira, a juíza Raquel Corniglion que também atuou no presídio de segurança máxima de Campo Grande entre 2007 e 2009, quando a cadeia tinha entre as feras do narcotráfico o carioca ‘Beira Mar’, que ela teve de decidir se deveria ou não voltar para o Rio de Janeiro, se sentiu ameaçada pelos cúmplices do marginal.
Durante o andamento do processo a polícia descobriu que ‘Beira-Mar’ havia planejado raptar os filhos da juíza para forçá-la a tomar uma decisão a favor dele. Mesmo diante do perigo, segundo a reportagem, a juíza teve de se virar sozinha. “Passei quinze dias dormindo em locais diferentes todas as noites. Meu filho de 3 anos me acompanhava até ao Fórum, o mais velho teve de passar um mês com um casal de amigos dos meus pais que eu não mal conhecia. Foi horrível”, confidenciou a juíza ao repórter da revista.



Além destes três depoimentos, a matéria traz também de outros juizes que tiveram que encarar o poder do crime organizado, como do ex-deputado federal pelo Acre, Hildebrando Pascoal, o homem que ficou conhecido mundialmente porque além de mandar matar seus adversários, também os trucidavam com o uso de uma motosserra. A reportagem completa sobre esta matéria e de outras estão na revista Veja desta semana que já está nas bancas do país inteiro e nas mãos de seus assinantes.



Waldemar Gonçalves - Russo



DIA INTERNACIONAL DA MULHER

domingo, 6 de março de 2011

SERVIÇO RESERVADO- P2 DE MS


Como é a rotina arriscada dos PMs à paisana que se infiltram na criminalidade

Desde que assumiu o posto que ocupa, Nereu (nome fictício) perdeu a conta de quantas vezes foi alvo de batidas policiais. Ter de colocar as mãos na parede e ser revistado virou rotina. Situação completamente inversa de três anos atrás, quando era Nereu quem revistava os suspeitos.

Ao contrário do que se possa imaginar, Nereu não é mais um policial que mudou de lado. Ele não passou para o mundo do crime. Pelo contrário. Por ter a reputação ilibada, entre suas funções está justamente a de investigar denúncias de desvio de conduta de integrantes da corporação. E não só. Ele também se infiltra entre criminosos em busca de informações que os levem à prisão.

Por isso, nem mesmo os próprios colegas de profissão sabem que Nereu é policial – o que o leva a passar por situações como a citada acima, de ser confundido com a bandidagem. Tudo porque Nereu, ou, melhor, o Policial Nereu não pode ser reconhecido. Afinal, ele integra a Polícia Militar que ninguém vê: o Serviço de Inteligência (P2).

Também conhecido como Serviço Reservado ou Velado, os policiais da P2 têm basicamente duas funções. Uma é levantar em campo informações para que o comando planeje ações policiais, como a prisão de criminosos, apreensão de drogas ou desocupação de uma área. Dessa forma, policiais à paisana sempre vão antes ao local para colher dados. A partir do relatório da P2, o comando planeja quantos policiais participarão da operação, qual o melhor horário para empreendê-la, quais equipamentos serão utilizados, entre outras decisões que farão com que a ocorrência seja executada com o mínimo de imprevistos.

Para colher informações, o policial do Serviço Reservado usa dos mais variados subterfúgios. Os disfarces vão de morador de rua viciado a frequentador de festas da alta sociedade. “Se o policial fosse fazer esse levantamento fardado, não conseguiria êxito. Em uma área comandada pelo tráfico, por exemplo, o cidadão não vai passar informações à polícia porque pode ficar visado e sofrer retaliações dos criminosos. Já se o policial vai descaracterizado, a possibilidade de se colher informações é muito maior, muitas vezes só ouvindo o que os moradores comentam, sem nem precisar se identificar”, explica um P2, que por motivos de segurança também não pode ter o nome revelado.

A outra função da P2 é averiguar a veracidade de denúncias contra PMs. Nos dois últimos anos, muito policiais militares do Brasil foram expulsos da corporação – na maioria dos casos, resultado do trabalho da P2. E aí o anonimato vale o dobro. “Já tive companheiros que tiveram que se mudar de casa por conta de ameaças após investigações de desvio de conduta de membros da corporação”, exemplifica um P2.

Para preservar a identidade, somente em último caso os integrantes da P2 participam da captura dos criminosos, deixando este serviço a maioria das vezes para os policiais fardados. “Mas se na hora percebemos que não haverá outra chance de pegar o criminoso, somos obrigados a agir. Só que para isso o policial tem que ter certeza total, não pode falhar”, enfatiza o compamheiro.

Risco

Quando entrou para a P2, há três anos, Nereu sabia de todos os riscos. E o segredo para amenizá-los, aponta, está na atenção constante. “Não se pode ter a autoconfiança de pensar que nunca vai ser descoberto”, afirma o Policial, que assim como todos os integrantes da P2, teve a vida pregressa na PM investigada antes de entrar para o Serviço Reservado. “Ao menor indício de algo errado, o candidato é descartado”, enfatiza o um P2.

No dia-a-dia do Serviço de Inteligência, Nereu afirma que a adrenalina é muito mais intensa do que no trabalho ostensivo. Como quando participou da prisão de um traficante. Durante a investigação, faltava descobrir o endereço do suspeito. Nereu e um companheiro começaram a circular pelo bairro em busca de informações, quando se envolveram em um acidente de trânsito. Para surpresa do Nereu, o próprio alvo das investigações prestou atendimento às vítimas. “No primeiro momento, ficamos apreensivos, porque estávamos com armas no carro e o disfarce seria facilmente desmascarado. Mas na sequência ele mesmo se dispôs a nos levar até sua casa para tomarmos água. Era o que precisávamos.” No dia seguinte, a PM prendeu o traficante com 14 quilos de cocaína.

O policial lembra também da prisão de um policial. Outro traficante preso reclamou ter tido um objeto de valor extraviado durante a ação policial. Ao levantar informações, a P2 descobriu que o objeto fora extraviado por um dos PMs que participou da ação. “Aprofundamos a investigação e dois dias depois prendemos o policial.”

Sobre a sensação de auxiliar na exclusão de policiais que cometem crimes, o Policial diz ser a mesma de quando descobre que uma denúncia contra um colega de trabalho é infundada: justiça. “Nesse caso, nossa função não é apenas ajudar a tirar da corporação o mau policial, mas também comprovar que o bom policial, acusado injustamente, não fez nada de errado.”



Fonte: Blog da Renata

sábado, 5 de março de 2011

PULSEIRA COM CHAVE DE ALGEMA! CUIDADO



As fotos acima de uma pulseira que já é comercializada como se fosse um adereço comum, porém, no fecho da pulseira encontra-se uma chave de algemas.

Encaminhem aos colegas policiais e agentes penitenciários a fim de evitar acidentes em abordagens e em ambientes prisionais.

Fonte:

Texto By: PMMG-Orkut - (Beobachter)

POLICIA MILITAR DOURADOS FORMARÁ 52 NOVOS POLICIAIS




 No próximo dia 08/03 às 09 horas, o 3º Batalhão de Polícia Militar (3º BPM), comandado pelo Tenente Coronel PM Marcos Antônio David dos Santos, formará 52 novos policiais militares, sendo 5 mulheres. A solenidade será realizada na sede do 3º BPM na Rua Fernando Ferrari nº 610, Vila Industrial.

A Formatura da turma homenageará o Cabo PM Francisco Valençuelo Lopes, que em fevereiro/2010, faleceu em um acidente de automóvel quando viajava para Brasília-DF para acompanhar a votação da Proposta de Ementa Constitucional que trata sobre a equiparação salarial dos policiais militares e bombeiros militares de todo o País.

O Patrono da Turma é o Prefeito de Dourados, Murilo Zauith e o Paraninfo, o Coronel PM Carlos Alberto David dos Santos, Comandante-Geral do Polícia Militar.

O Curso de Formação de Soldado da Polícia Militar de 2010/2011, iniciado em Julho do ano passado teve aproximadamente 1400 horas/aulas, sendo ministradas disciplinas que introduzem uma nova mentalidade na Polícia Militar, dentre elas, Direitos Humanos, Polícia Comunitária, Segurança Pública Sem Homofobia, e ainda diversas palestras de assuntos atinentes à segurança pública. O objetivo do curso é formar policiais conscientes em respeitar a dignidade da pessoa humana independentemente de classe social, nível de escolaridade, orientação sexual e principalmente o de aproximar a polícia militar da comunidade, que pode ajudar a combater e prevenir crimes.

Os policiais recém formados serão lotados em Dourados, Itaporã, Caarapó, Douradina, Itahum, Vila Formosa, Vila Vargas e Indápolis.



Fonte: Douradosinforma



terça-feira, 1 de março de 2011

GREVE DA POLICIA COMEÇOU E VAI ATINGIR O BRASIL INTEIRO

O governo federal determinou o envio da Força Nacional à Paraíba após a greve de policiais militares e bombeiros no estado paralisar parte das atividades de segurança pública. A paralisação começou na tarde de segunda-feira (28) e atinge cerca de 15 mil servidores, segundo o Ministério da Justiça.

Greve foi decidida em assembleia

O grupo reivindica reajuste salarial e deve permanecer em paralisação por tempo indeterminado, conforme foi decidido em assembleia na segunda-feira, em João Pessoa.

A decisão de enviar a Força Nacional foi tomada pelo ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, após pedido do governador do estado, Ricardo Coutinho, ocorrido na manhã desta terça-feira (1º). As tropas devem seguir para João Pessoa, a partir de Luziânia (GO), nesta quarta-feira (2).

A Força Nacional vai permanecer na Paraíba enquanto durar a greve, segundo o ministério. O efetivo que será enviado não foi divulgado por questões de segurança, segundo a assessoria de imprensa do ministério.

Delegados da Polícia Civil do estado também devem aderir à paralisação. “Nossa greve só começa na sexta-feira [4], como determina a lei das greves, que prevê o anúncio com 72 horas de antecedência. Sabemos que a lei do reajuste foi contestada judicialmente, mas acreditamos que o governo tem condições de pagar esse reajuste, mesmo que não imediatamente”, disse ao G1 o delegado Claudio Lameirão, presidente da Associação dos Delegados de Polícia Civil da Paraíba.

O coronel Francisco de Assis Silva, presidente do Clube dos Oficiais da Polícia e Bombeiro Militar da Paraíba, estima que cerca de 60% do efetivo das corporações estava parado.
A Casa Civil do governo paraibano informou que houve uma reunião na tarde desta terça-feira (1) com os líderes dos PMs para negociar o término da paralisação. A categoria apresentou uma proposta de reajuste salarial que está sendo avaliada pelo governo, diz a assessoria da Casa Civil.



Do G1, em São Paulo