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sexta-feira, 1 de abril de 2011

CASSEMS


Na reunião das entidades que são atendidas pela Caixa de Assistência aos Servidores do Estado do Mato Grosso do Sul – CASSEMS, que ocorreu em Campo Grande no dia 30 de março, o Sindicato Municipal dos Trabalhadores em Educação - Simted de Dourados tomou conhecimento de que os médicos de todo o Brasil farão uma paralisação no dia 07 de abril, para pedir reajustes na tabela de preços dos procedimentos.

Para atender o que os médicos, clínicas, laboratórios, hospitais e toda rede credenciada reivindica, a direção da Cassems externa que só será possível com aumento da receita da Caixa. Segundo a direção da Cassems, o cálculo atuarial feito com o objetivo de atender às reivindicações da rede credenciada, aponta para valores que devem chegar a um total de 12% sobre a folha de pagamento dos servidores que são associados à Caixa. Hoje, o total chega a 8,25%, dos quais 3% o Governo do Estado contribui e 5,25% sai do bolso dos servidores.

A Cassems já iniciou um processo de negociação com o Governo, reivindicando que o mesmo contribua com a metade do percentual necessário, ou seja, 6%.

Durante a reunião acima citada, os representantes das entidades foram unânimes em defender que os servidores não podem arcar com mais essa despesa, enfatizando que o Governo do Estado é quem deverá aumentar a sua contribuição. Para os vários sindicalistas presentes na reunião, o Governo tem obrigação em arcar com o aumento dessa contribuição, uma vez que não há nenhuma política de Estado que atue nos casos de saúde do trabalhador, o que é uma obrigação patronal, no entanto, a Cassems é quem arca com todas as despesas provenientes dessas situações.

Ficou definida ainda, uma comissão de representantes de todos os sindicatos de servidores para, juntamente com a Cassems, discutir o caso com o Governo do Estado.
Paralela a essa discussão com o Governo, a Cassems estará negociando com a rede credenciada objetivando um acordo que seja bom para ambos os lados.

O caso mais complicado da negociação é de Dourados, onde o Hospital Evangélico, que é uma associação beneficente e atende grande volume dos servidores públicos da região da Grande Dourados através do convênio, quer um aumento perto de 300% dos valores que estão em vigor hoje. Caso contrário, a partir do dia 05 de maio deverá suspender os atendimentos.

Uma vez suspensos os atendimentos no Evangélico, todos os pacientes do convênio deverão ter atendimento apenas no Hospital da Cassems, o que certamente aumentará o fluxo podendo culminar com uma queda na qualidade, além de aumentar a demora para se conseguir marcar vários procedimentos. Isso é evidente tendo em vista que o hospital Cassems de Dourados é referência para quase 40 municípios do sul de Mato Grosso do Sul.

Fonte: Dourados news