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quarta-feira, 14 de novembro de 2012

ÔNIBUS É INCENDIADO EM ATAQUES EM SC



Veículo foi incendiado por volta das 20h no bairro Ingleses, na capital.
Segundo Polícia Civil, dois menores suspeitos foram apreendidos.

Glauco Araújo e Joana CaldasDo G1 SC

Zenaide Pavan, moradora, registrou o momento em que o ônibus estava em chamas (Foto: Zenaide Pavan)Moradora registrou o momento em que o ônibus estava em chamas (Foto: Zenaide Pavan/Arquivo Pessoal)
Mais um ônibus foi incendiado no bairro Ingleses (Foto: Glauco Araújo/G1)Mais um ônibus foi incendiado no bairro Ingleses
(Foto: Glauco Araújo/G1)
Mais um ônibus foi incendiado e ficou totalmente destruído em Florianópolis no terceiro dia de ataques em Santa Catarina. Rildo Vieira, morador da capital, registrou o momento em que o ônibus foi incendiado.
Clique aqui para assistir.
O fogo começou por volta das 20h desta quarta-feira (14) na estrada Intendente João Nunes Vieira, no bairro Ingleses, em frente à igreja Sagrado Coração de Jesus. Segundo a Polícia Civil, dois menores suspeitos de envolvimento foram apreendidos e encaminhados para 6ª DP.
Moto que estava estacionada perto do ônibus também foi atingida (Foto: Glauco Araújo/G1)Moto que estava estacionada perto do ônibus
também foi atingida (Foto: Glauco Araújo/G1)
Por volta das 20h20, a Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros já estavam no local, segundo uma moradora do Norte da Ilha que passou pelo local. Próximo das 20h40, os bombeiros já haviam apagado o fogo. Até as 20h45, não havia informações de feridos. Uma moto que estava estacionada perto do ônibus também foi atingida.

O dono da moto, Aldo Costa Filho, estava dentro da igreja. "Quando comecei a ver o fogo, fiquei assustado, por que tinha estacionado a moto em frente à igreja, e parei de rezar. Sai para ver o que estava acontecendo e tive dificuldade para retirar a moto, pois ela estava presa com uma corrente. O fogo foi apagado com o extintor da igreja", explica. Segundo o padre Mário José, havia cerca de duas mil pessoas dentro da igreja.
Arte nova após coletiva do governo - 23 detidos (Foto: Editoria de arte/G1)
Início dos ataques
Os ataques começaram na tarde de segunda-feira (12). Até a madrugada de terça (13), oito ocorrências foram atendidas pela polícia no estado. Em Florianópolis, três ônibus, uma viatura da Polícia Civil e o carro de um policial militar foram incendiados. Em Blumenau, criminosos atearam fogo em um ônibus e alvejaram o presídio da cidade. Em Palhoça, uma base da Polícia Militar foi atingida por tiros.
No segundo dia da onda de ataques, entre 19h40 de terça (13) e 2h05 de quarta-feira (14), outros dezessete ataques foram registrados. Em Florianópolis, dois contêineres foram incendiados no início da noite. Duas horas depois, criminosos atearam fogo em um ônibus no bairro dos Ingleses (veja o vídeo ao lado) e dispararam três tiros contra a central de videomonitoramento da PM, que fica no mesmo bairro.
Em Criciúma, dois ônibus foram incendiados, um foi apedrejado e um presídio foi alvo de tiros. Na cidade de Navegantes, dois ônibus foram também foram atacados e incendiados.  Em Itajaí, cinco incêndios foram registrados pelos bombeiros. Quatro carros estacionados na rua e um ônibus, na garagem, foram atingidos com coquetel-molotov.
Em Blumenau, por volta das 23h, um ônibus foi apedrejado e quatro homens jogaram dois coquetéis molotov, que não explodiram. Em Palhoça, um carro foi alvo de atentado também no bairro Vila Nova. De acordo com o Corpo de Bombeiros, a ocorrência foi perto da 1h40.
Resposta da segurança
Após os ataques, a Polícia Militar iniciou as escoltas de ônibus e o reforço na segurança em diversas linhas da Grande Florianópolis e Blumenau, com incremento de policiamento nas áreas onde houve ataques. Na tarde desta terça (13), o 4º Batalhão da PM da capital se reuniu com as empresas de ônibus da região da Grande Florianópolis para discutir as ações de segurança.
De acordo com Major Neves, da PM, existem viaturas identificadas e não identificadas escoltando veículos em diversas rotas consideradas críticas. "Isso será feito até termos a sensação de tranquilidade", explicou ele.

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