Superintendente afirmou que investigava casa de prostituição em Colombo.
MP sustenta que R$ 300 eram propina para dar segurança a comerciantes.
O superintendente da Polícia Civil do Paraná que está preso, suspeito de receber propina para proteger comerciantes, negou nesta sexta-feira (23) que o dinheiro encontrado com ele fosse fruto de corrupção. De acordo com o advogado que o representa, Fernando Lopes, os R$ 300 apreendidos pelo Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (Gaeco) eram prova de uma investigação que o policial conduzia sobre uma casa de prostituição.
O superintendente Macir Machado e dois investigadores foram presos pelo Gaeco em Colombo, na Região Metropolitana de Curitiba, pela suspeita de que recebiam propina para dar proteção a comerciantes da região do Alto Maracanã. Segundo a investigação, os R$ 300 encontrados com o superintendente no momento da abordagem era o valor mensal cobrado de cada comerciante.
“Esse valor não estava com seus pertences, o Gaeco não falou que este dinheiro estava separado. Ou seja, seria devidamente entregue como meio de prova para que fossem feitas as demais investigações. Nos pertences pessoais dele estava a carteira com seus pertences pessoais – se fosse para ele, ele teria colocado o dinheiro dentro do bolso da carteira dele. Não era para ele, com certeza”, afirmou o advogado de Machado.
Lopes já tentou por duas vezes libertar o superintendente, mas a Justiça negou ambos os pedidos – ele está preso desde o fim de abril. “Era instrumento de prova essa questão. Na instrução isso será devidamente esclarecido porque nós vamos ouvir pessoas que o Gaeco não arrolou, e nós vamos elucidar esse caso”, concluiu o advogado.
O MP ingressou com ações de improbidade administrativa, corrupção passiva e formação de quadrilha contra o trio. Eles ainda devem ser investigados pela corregedoria da Polícia Civil.
Do G1 PARANÁ
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