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domingo, 1 de outubro de 2017

Prisão de sargento do Batalhão de Choque provoca revolta na tropa

Confusão começou com acidente que envolveu amigo do policial, na sexta-feira

Confusão aconteceu nesse trecho da rua que é continuação da Panambi Verá. (Foto: reprodução Google Maps)
Confusão aconteceu nesse trecho da rua que é continuação da Panambi Verá. (Foto: reprodução Google Maps)
O sargento da Polícia Militar de Mato Grosso do Sul Éder Queiroz Gomes, de 35 anos, lotado no Batalhão de Choque, está preso desde a tarde sábado (30), sob a acusação de ameaça a um comerciante. A prisão em flagrante foi feita em uma lan-house na rua Alberto Carlos de Mendonça Lima, no Jardim Tijuca, em Campo Grande, onde o policial estava junto com outros dois colegas, fardado e em uma viatura policial. Ao seu favor, o sargento tem a tropa, que, por meio da entidade que representa a classe e ainda de policiais que procuraram o Campo Grande News, afirmam que a prisão foi arbitrária, que a suposta vítima fez ameaças e disse ter influência com gente de alta patente da PM.

O local onde o policial foi preso pertence a Franklin Nunes Martins, 26 anos, que acionou o Ciops (Centro de Integração e Operaçãoes) alegando estar sendo ameaçado. Segundo Franklin, o sargento foi ao local para tirar satisfações em nome de um amigo, identificado como o comerciante Eraldo Gomes Patrício Junior, 27 anos, depois de um acidente de trânsito, na semana passada. Franklin estava de moto e Eraldo de carro quando ocorreu uma colisão, sem maiores danos, mas que provocou toda a confusão.

Policial encontrado morto em posto pediu à PM para não trabalhar sozinho

Sepultamento foi realizado na tarde deste domingo (Foto: Marina Pacheco)

Sepultamento foi realizado na tarde deste domingo (Foto: Marina Pacheco)

O sargento Agustinho Marques do Amaral, 48 anos, morto na manhã de sábado (30) no pelotão da PM (Polícia Militar), no bairro Nova Lima, em Campo Grande, havia solicitado à corporação para não trabalhar sozinho. Quando Agustinho morreu não havia mais ninguém no posto policial.

Agustinho, que foi sepultado na tarde deste domingo (dia 1º) no Memorial Park, salvara uma bebê em maio do ano passado no mesmo local onde morreu. A trágica coincidência poderia ter sido evitada caso pedido feito pelo policial tivesse sido atendido.

Conforme o irmão de Agustinho, o gerente Émerson Marques do Amaral, 38 anos, o policial havia solicitado para não trabalhar sozinho. “Ele tinha medo de muitas coisas: de ser atacado e morto, porque no posto tem muitas armas; de ter que atender outro caso como a do bebê...”, contou Émerson.

Ainda de acordo com o gerente, a PM negou pedido, alegando pouco efetivo.
Colegas de farda, que pediram para não ser identificados, disseram ao Campo Grande News que é comum policial ficar sozinho no posto. Eles acrescentaram que, no dia da sua morte, Agustinho teria ficado apenas 20 minutos desacompanhando.