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domingo, 13 de janeiro de 2013

EX- DETENTO ASSUME PRESIDIO


“Pastor Silva Neto”, como é mais conhecido, era policial militar quando foi condenado a 15 anos de prisão por homicídio. Passou mais de cinco anos em regime fechado, conheceu como ninguém os labirintos do sistema prisional, cumpriu sua pena e hoje é diretor da cadeia pública de Sapé, na Paraíba. 

Um caso único no Brasil, conforme a reportagem da Rede Record.
A matéria, suponhamos, visa destacar a capacidade que cada ser humano tem de “se arrepender” do que fez e seguir a vida sem voltar a cometer o mesmo erro. 
Mas o caso em tela não aponta um exemplo de ‘ressocialização’ propriamente dito.

A não ser que matar fosse uma constante na vida de Silva Neto, o que não está claro no vídeo abaixo. Qualquer ser humano, dependendo das circunstâncias, pode vir a matar ou cometer outros crimes violentos contra seu semelhante.

Há quem conviva normalmente durante 20 anos com sua companheira e, surpreendido com um pedido de separação, torne-se um assassino frio e impiedoso. É crime, deve ser punido na forma da lei, mas não revela um criminoso em potencial, um ‘bandido’, como se costuma chamar.  

Um homem que mata a esposa por ter sido traído ou abandonado por ela não é ‘ressocializado’, pois não vivia na prática de crimes. Na primeira semana na prisão certamente ele já estará profundamente arrependido do que fez.  
É diferente de quem vive matando por dinheiro, por um aparelho celular, para quitar dívidas, para dominar o ponto do tráfico e até por ter sido abandado pela companheira mais de uma vez. “Se todas me deixarem, todas morrerão”. 

Esses sim seriam ‘ressocializados’, se resolvessem mudar o rumo de suas vidas.
De toda forma, a iniciativa de se nomear um ex-detento para dirigir uma unidade prisional tem seu lado positivo. 

Dependendo da habilidade de discurso de Silva Neto (como pastor evangélico deve ser bom nisso), pode ser que muitos apenados façam uma “limpeza cerebral” e entendam que é possível sim levar a vida sem importunar ninguém ao seu redor.

Mas seja qual for o caso – do mais simples furto de celular até os assassinatos em série – a primeira e fundamental atitude tem de vir do próprio sujeito/criminoso/condenado. 
Ele é quem decide sua própria vida. 
Ele é o senhor do seu destino.

ASSISTA 


R7


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