Depois da ameaça de greve dos professores da rede estadual, durante a negociação salarial, a ACS (Associação de Cabos e Soldados da Polícia Militar e Bombeiro Militar de Mato Grosso do Sul) informou que o aquartelamento é uma possibilidade, caso a contraproposta do governo do Estado para o reajuste salarial não agrade a categoria.
Como não podem fazer greve, o aquartelamento é a medida adotada pelos policiais. Eles ficam dentro dos batalhões sem realizar os trabalhos ostensivos de forma total. De acordo com a ACS, uma assembleia será realizada na próxima semana. Ficou decidido que a próxima sexta-feira (18), será o prazo final para uma contraproposta do Governo sobre o reajuste salarial da categoria.
“A categoria está insatisfeita não só com a proposta dada à Polícia Militar e ao Corpo de Bombeiros, mas também com o tratamento desigual dado a outras categorias, o que nunca aconteceu. Uma medida mais radical pode ser definida na assembleia, mas quem decide é a tropa. A participação de todos os policiais, de soldado a coronel, é de suma importância”, infor mou o presidente da entidade, Edmar Soares da Silva, por meio de nota.Conforme a ACS, o governo do Estado ofereceu um reajuste linear de 2,94% para todo o funcionalismo público, inclusive policiais militares e bombeiros, a partir de outubro. A proposta desagradou os representantes dos militares, pois, no ano passado, o Executivo havia se comprometido em implantar a política de verticalização salarial da categoria.
Pela proposta elaborada pela ACS, o soldado em início de carreira deveria a receber, até 2018, 20% do que ganha um coronel do mesmo nível.