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quinta-feira, 7 de novembro de 2019

CONGRESSO NACIONAL CRIA POLICIA PENAL DO BRASIL

Os quadros das novas corporações serão compostos pela transformação dos cargos dos agentes penitenciários, além da realização de concurso público


Agentes
Luis Macedo/Câmara dos Deputados
Câmara aprova em 2° turno PEC que cria polícias penais


O Congresso Nacional decidiu criar a Polícia Penal do Brasil, para cuidar do sistema prisional no âmbito federal, estadual e do Distrito Federal. Os quadros das novas corporações serão compostos pela transformação dos cargos dos atuais agentes penitenciários ou equivalentes, além da realização de concurso público.


A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) foi aprovada pelo plenário da Câmara dos Deputados, em segundo turno, nos últimos minutos da noite desta quarta-feira, por 385 votos a 16 votos. Aprovada pelo Senado em outubro de 2017, a matéria teve um trecho suprimido na Câmara, mas não precisará passar novamente pelo crivo dos senadores. Agora, o texto segue agora para a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) para aprovação da redação final e, em seguida, para a promulgação do Congresso.

O resultado foi comemorado efusivamente por dezenas de representantes da categoria que enchiam as galerias. Deputados ligados à segurança se misturaram aos agentes na festa da vitória.

O texto foi apresentado em 2016 pelo então senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB). Por ser uma PEC, o texto não precisa ser sancionado pelo presidente Jair Bolsonaro.

Os deputados haviam aprovado por 402 votos a 8 na primeira fase no dia 9 do mês passado. O Novo foi o único partido contrário à proposta, em ambas as votações. Emendas constitucionais precisam dos votos de 3/5 dos parlamentares (pelo menos 308 deputados e 49 senadores).

A nova polícia terá como principais atribuições a segurança dos estabelecimentos penais e escola de presos. A corporação será vinculada ao órgão administrador do sistema penal da unidade federativa a que pertencer.

À União, caberá sustentar a polícia penal do Distrito Federal, assim como ocorre com as outras corporações, todas subordinadas ao governador do DF.

Na tribuna no momento em que o painel registrou 400 votos, o deputado federal Lincoln Portela (PL-MG) já comemorava exaltando "a profissão mais perigosa do mundo”.

Líder do governo na Câmara, o deputado Major Vitor Hugo (PSL-GO) parabenizou os agentes presentes e disse que esse é um dia muito especial: "pessoas que se dedicam diariamente à manutenção da nossa segurança e arriscam suas vidas".

Destaque aprovado

Apenas um destaque foi apresentado para alterar o texto, pelo PL. A votação terminou pouco antes da meia-noite e a mudança foi aprovada por 378 deputados --com apenas cinco votos contrários.

O pedido de alteração retirou do texto a possibilidade de lei específica de iniciativa do Poder Executivo definir outras atribuições além da segurança prisional.


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