Pages

sábado, 11 de fevereiro de 2012

ACABOU GREVE NA BAHIA

Assembleia decreta o fim da greve da Polícia Militar na Bahia


Policiais militares saem da greve com a garantia de um reajuste e pagamento de gratificações. Mas o governo não vai revogar os pedidos de prisão de 12 policiais


No décimo segundo de paralisação, a greve dos policiais militares da Bahia foi oficialmente encerrada. O ponto final a paralisação foi decretado neste sábado, após assembleia da Associação de Policiais e Bombeiros do Estado da Bahia (Aspra), no sindicato dos bancários, em Salvador.




Após a assembleia, os policiais disseram que continuam insatisfeitos com a proposta do governo do Estado. “Mas voltaremos ao trabalho pela sociedade”, assinalou o líder da greve Ivan Leite, lotado na 14ª CIPM, em Lobato, subúrbio de Salvador.


Durante a greve, o número de homicídio cresceu assustadoramente. Do dia 31 até hoje, 166 pessoas foram assassinadas em Salvador e região metropolitana. Durante todo o mês de fevereiro de 2011, foram 172 homicídios.


Os policiais militares da Bahia saem da greve com a garantia de um reajuste de 6,5% (extensivo a todo o funcionalismo público), anistia administrativa para os grevistas e o pagamento da GAP IV até abril do ano que vem; e da GAP V até 2015. Segundo o governo, com o pagamento das gratificações, os policiais terão um ganho real de 30%. Uma das reivindicações dos grevistas, a revogação da prisão dos líderes do movimento, não foi aceita pelo governador Jaques Wagner.


A Aspra, que liderou o movimento grevista, deve ganhar mais associados. Há expectativa de que dois mil policiais insatisfeitos com a condução das demais associações ingressem na Aspra, que atualmente tem 900 associados. Essa foi a terceira assembleia em uma semana. O início atrasou em três horas e o número de policiais foi o menor já visto.

Em todas as assembleias realizadas desde a prisão de Marcos Prisco, que vinha liderando o movimento, a imprensa virou alvo de críticas dos grevistas. Neste sábado, não foi diferente. Enquanto o repórter Genildo Lawinsky fazia um entrada ao vivo no BATV (da Rede Bahia, afiliada da TV Globo), um manifestante empunhou cartaz com a inscrição ‘Rede Bahia mentira todo dia’.

A greve

A paralisação foi anunciada na noite do dia 31 de janeiro. Desde então, grevistas e suas famílias começaram a protestar em frente a Assembleia Legislativa do Estado.


O clima ficou mais tenso no dia 6, quando soldados do Exército, da Força Nacional e Polícia Federal, militares da Tropa de Choque e do grupo de operações especiais ocuparam os entornos da Assembleia para tentar cumprir mandados de prisão expedidos pela Justiça baiana contra os líderes do movimento, que estavam no pátio do local. Chegou a haver alguns confrontos, mas ninguém ficou ferido com gravidade.


A greve perdeu força na quarta-feira depois da divulgação de gravações mostrando líderes grevistas, como o presidente da Aspra, Marco Prisco, negociando atos de vandalismo. Na madrugada seguinte, grevistas e seus familiares deixaram a assembleia e Marco Prisco foi detido. A Aspra, que era a única entidade que ainda defendia a manutenção da greve, ficou sem líder. Desde então, ninguém assumiu a liderança do movimento e os outros representantes da Aspra preferiram não ser identificados com medo de serem presos.

No dia seguinte, os policiais começaram a retornar ao trabalho e, segundo o comandante-geral, coronel Alfredo Castro, 85% do efetivo já estaria nas ruas. Ele também informou que os grevistas que insistissem no movimento, a partir de então, teriam o ponto cortado e sofreriam sanções administrativas. Neste sábado, os policiais encerraram o movimento.


Outros Estados:


Rio de Janeiro: Rio não registra ocorrências graves na madrugada
DF: Maior salário do Brasil, militares do DF fazem movimento por melhorias salariais


PM E PM2 DE DOURADOS FRUSTAM LADRÕES DE GOIANIA


Homens são presos por tentativa de estelionato em Dourados









Alan Rodrigues da Costa, de 30 anos e Vinicius Dias de Oliveira, de 31 anos, ambos moradores em Goiânia, foram presos pela Polícia Militar acusados de tentativa de estelionato.
Eles Aplicavam um golpe conhecido como “Chupa Cabra”, no qual instalavam uma máquina nos caixas eletrônicos e quando alguém fazia algum depósito o envelope com o dinheiro caía nessa máquina.
Em relato à polícia eles afirmaram que instalaram 10 máquinas em duas agências bancárias de Dourados, nos bancos Itaú e Bradesco. Até agora, apenas cinco dessas máquinas foram encontradas pela polícia.
Alan e Vinicius foram descobertos quando um cliente de um dos bancos fez um depósito e verificou que no extrato o dinheiro não havia caído. Foi quando ele notou que algo estava errado com o caixa eletrônico e decidiu chamar a polícia, que através de investigação, identificou os dois acusados.
Com eles foram encontrados ainda mais 23 máquinas prontas para serem instaladas, R$ 2,400 em dinheiro, vários documentos e um carro Export preto com placas MFX 5720 de Goiânia. Os acusados estão presos no 1° Distrito Policial.
f
Fonte: douradosnews

OFICIAIS E PRAÇAS JUNTOS


Líderes de greve na PM se entregam em quartel no Rio

O major Hélio Oliveira e o cabo João Carlos Gurgel estão entre os 11 policiais que tiveram prisão decretada nesta sexta

Do Portal Terra
000_Mvd6202188.jpg
Dois policiais militares que tiveram mandados de prisão expedidos pela Justiça do Rio de Janeiro se apresentaram no final da manhã desta sexta-feira (10) no Quartel General da Polícia Militar, no centro da capital fluminense. O major Hélio Oliveira e o cabo João Carlos Gurgel estão entre os 11 policiais que tiveram prisão decretada por serem considerados líderes da paralisação das policias Militar e Civil e do Corpo de Bombeiros, decretada pelas categorias na madrugada desta sexta.
Os dois policiais chegaram na unidade acompanhados de outros oficiais ligados ao sindicato. Entre eles o inspetor da Polícia Civil Francisco Chao. "Quem foge e tem medo de polícia é bandido, nós somos policiais", disse ele ao entrar no prédio.
A greve no Rio
Policiais civis, militares e bombeiros do Rio de Janeiro confirmaram, na quinta-feira, que entrariam em greve. A opção pela paralisação foi ratificada em assembleia na Cinelândia, no Centro, que reuniu pelo menos 2 mil pessoas.
A orientação do movimento é que apenas 30% dos policiais civis fiquem nas ruas durante a greve. Os militares foram orientados a permanecerem junto a suas famílias nos quartéis e não sair para nenhuma ocorrência, o que deve ficar a cargo do Exército e da Força Nacional, que já haviam definido preventivamente a cessão de 14,3 mil homens para atuarem no Rio em caso de greve.
Os bombeiros prometem uma espécie de operação padrão. Garantem que vão atender serviços essenciais à população, especialmente resgates que envolvam vidas em risco, além de incêndios e recolhimento de corpos. Os salva-vidas que trabalham nas praias devem trabalhar sem a farda, segundo o movimento grevista.
Policiais e bombeiros exigem piso salarial de R$ 3,5 mil. Atualmente, o salário base fica em torno de R$ 1,1 mil, fora as gratificações. O movimento grevista quer também a libertação do cabo bombeiro Benevenuto Daciolo, detido administrativamente na noite de quarta-feira e com prisão preventiva decretada, acusado de incitar atos violentos durante a greve de policiais na Bahia.