Em Mato Grosso do Sul, a polícia procura por três índios suspeitos de participar do assassinato de um PM aposentado, na sexta-feira (12) à noite. A disputa de terras na região já dura mais de 20 anos.
Uma cerca elétrica foi o motivo da discórdia que terminou com a morte de um policial aposentado. O sítio faz divisa com um assentamento indígena na região de Douradina, no sul do estado, a 190 quilômetros de Campo Grande.
A família do policial comprou as terras há mais de 20 anos, mas os índios Kaiowá dizem que a terra é deles. “Dois indígenas teriam cortado a cerca e ele não teria gostado”, conta o delegado Marcelo Damasceno.
Depois de uma briga na quinta-feira (11), os índios registraram queixa na delegacia por lesão corporal. O policial aposentado foi intimado a depor e deveria se apresentar à delegacia na próxima segunda feira (15). De acordo com as investigações, irritado por receber a intimação, o produtor rural teria ido à área indígena tirar satisfações. "Ele veio a cavalo e desceu atirando", afirma uma indígena.
Pelas informações do delegado, o policial foi amarrado e espancado pelos índios. Chegou a ser socorrido, mas morreu por causa dos ferimentos. Essa morte deixou o clima ainda mais tenso na região sul do estado. A Federação da Agricultura explica que são 80 processos de disputa de terras entre índios e fazendeiros em Mato Grosso do Sul.
"O que a gente quer é que a justiça seja ampla, clara e de acordo para todos", diz Almir Dalpasquali, da Federação da Agricultura e Pecuária do Mato Grosso do Sul.
Um índio foi preso em flagrante e outros três estão sendo procurados. A polícia apreendeu a arma que estava com os cartuchos deflagrados, mas não confirma se foi o produtor rural que atirou ou se os índios fizeram disparos depois do espancamento.
Fonte: jornal nacional
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