Delegados plantonistas de Cuiabá e Várzea Grande recusaram-se a confeccionar prisões em flagrante no Comando Regional I (Capital) e II, em Várzea Grande, desobedecendo a ordens superiores. A determinação ocorreu após a radicalização da greve de policiais civis, que decidiram pela paralisação de 100% do efetivo.
Conforme as ordens, eles teriam um digitador à disposição que substituiria o escrivão, proposta descartada pelos delegados. Diante do impasse, eles consultaram o sindicato da categoria que os orientou a ficar na delegacia.
Segundo o presidente do Sindicato dos Delegados de Polícia, delegado Dirceu Lino, lugar de trabalho de delegado é na delegacia. “A atitude deles (de não confeccionar o flagrante nos Comandos Regionais) foi a correta. O governo tem que dar condições de trabalho. Quem está em greve não são os delegados”, frisou.
Por volta das 22 horas de quinta-feira, com a chegada do comando de greve tanto no Plantão Metropolitano como na Central de Flagrantes, os delegados ficaram a noite e madrugada sozinhos. Em Várzea Grande, além do delegado, estavam os policiais militares no setor de ocorrência e um agente prisional. Em Cuiabá, o delegado ficou sozinho em sua sala com o comando de greve do lado de fora. (AR)
Fonte: Diario de Cuiaba
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