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quarta-feira, 7 de novembro de 2012

COMANDANTE DA PM FALA SOBRE JULGAMENTO DE MILITAR


"Não espere compaixão", diz comandante da PM sobre julgamento de militar assassino

Graziela Rezend


”Pode ter certeza que não terá defesa e nem apoio da Polícia Militar. E, de mim, não espere compaixão”, é o que disse ao Midiamax o comandante da PM, Coronel Carlos Alberto David dos Santos, logo após se reunir com a família de Ike César Gonçalves, 29 anos, morto na madrugada do último dia 28, em frente a uma boate de Campo Grande.
O crime chocou familiares, amigos e até a polícia, já que o suspeito se trata de um militar lotado na Cigcoe (Companhia Independente de Gerenciamento de Crises e Operações Especiais). Na ocasião, após disparar ao menos seis tiros, testemunhas dizem que ele mirou friamente na cabeça da vítima e o executou.
Diante de tamanha brutalidade, parentes e amigos resolveram pedir Justiça, principalmente com a exoneração do policial. Eles realizaram uma caminhada e, nesta quarta-feira (7), estiveram no Comando Geral da PM.
”Ele me deixou mais tranquila. Sei que a Justiça está sendo feita, talvez até lentamente, mas sei que são os trâmites necessários”, disse a mãe Jaci Vieira do Nascimento, 49 anos. A conversa, a portas fechadas, evidenciou que o policial tem grandes chances de ser exonerado da corporação.
A esposa da vítima, Tatiana Virgínia Silva, também diz que pretende entrar com uma ação indenizatória por parte do Estado. “Não quero que um crime como esse aconteça novamente e que este fique impune. Era um excelente pai, tanto dos seus três filhos como de uma menina minha que criava. Agora, as crianças estão assustadas, vivem com febre e acredito até que precisarão de tratamento psicológico”, lamenta Silva.
Assim como os familiares, o comandante da PM parecia estar abatido e até um pouco envergonhado da atitude do assassino. “É delicado a minha situação, de receber a família. Mas conversei e eles sabem o que será feito...Aqui não ensinamos ninguém a fazer coisa errada. Agora o policial será remetido a Corregedoria, onde três oficiais montarão um Conselho de Disciplina para julgar este caso”, diz o coronel.
O procedimento tem o prazo de 30 dias para ser concluído. O policial permanece detido no presídio militar e o comandante aguarda o auto de prisão em flagrante realizado pela Polícia Civil. “Até agora ainda não recebi nenhum documento oficial sobre o caso. Aguardamos para dar andamento no processo”, emenda o coronel.

MIDIAMAX

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