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quarta-feira, 27 de fevereiro de 2019

“Não dá para enrolar mais quatro anos”, diz presidente da ACS sobre reajuste salarial





“Não dá para enrolar mais quatro anos”, diz presidente da ACS sobre reajuste salarial


Presidente da ACS durante entrevista a Rádio Hora. (Foto: Vivian Krajewski) Em entrevista ao Jornal da Hora, da Rádio Hora, nesta quarta-feira (27), o presidente da ACS (Associação e Centro Social dos Policiais Militares e Bombeiros Militares de Mato Grosso do Sul), cabo Mario Sérgio Couto, cobrou do Governo do Estado o fim da defasagem salarial da categoria, que já dura quatro anos.

“O Governo diz que está no limite prudencial, mas isso acontece há quatro anos. Estamos com perdas salariais grandes. Eu não sou político, estou como representante de classe, mas sou policial. Não dá para enrolar mais quatro anos. Todos sabem que a inflação está altíssima. Tudo sobe, então, não há condições de nos mantermos com esse salário”, criticou.

Couto lembrou que, após o aquartelamento liderado pela ACS em 2013, a Polícia Militar de Mato Grosso do Sul chegou a ter o 7º melhor salário inicial do Brasil. Hoje, após quatro anos sem reajuste, caiu para 16º no ranking, segundo levantamento feito pela Anermb (Associação Nacional das Entidades Representativas dos Militares Estaduais e Corpo de Bombeiros Militares do Brasil).

“Hoje, somos o 16º salário do Brasil, e já fomos o 7º. Soldados, cabos e sargentos são o grosso da tropa, e têm os salários mais defasados. Me posicionei ao lado do governador durante a campanha, então ele precisa nos dar uma resposta. Estamos em todos os municípios do nosso Estado. Somos a pronta resposta do Estado a todo momento”, cobrou.

Na última semana, representantes da ACS se reuniram com o secretário Estadual de Administração, Roberto Hashioka, para apresentar uma série de demandas dos militares estaduais. Na ocasião, um ofício com os itens foi protocolado na pasta.

Couto solicitou intervenção do secretário para, finalmente, pôr fim a defasagem salarial da categoria. “Os militares estaduais, há muito tempo, não recebem sequer a reposição da inflação”, finaliza.

Confira outros pontos da entrevista:

Reforma da Previdência

– A reforma da Previdência é um tema importantíssimo. Não podemos ser classificados como os demais servidores. Somos militares e precisamos ser tratados como tal. Nossa atividade é diferenciada: sem direito a greve, hora-extra, insalubridade, representação sindical e outras coisas. Então, precisamos ser tratados como militares. Como vamos conseguir trabalhar até os 60 anos dentro da viatura? A gente trabalha em um serviço de atividade física extrema, tensão o dia inteiro, física e psicológica. Não tem como o policial trabalhar por mais de 30 anos. O militar das Forças Armadas fica aquartelado. Nós, não. Estamos todos os dias na rua. Não tem dia, hora, feriado. No Carnaval, todo mundo está se divertindo, e nós estamos trabalhando.

Concurso público

– O Governo, na campanha passada, fez uma promessa de que incluiria 500 policiais por ano, o que não supre nem a necessidade da Capital, pois temos um déficit no efetivo. O secretário de Administração, Roberto Hashioka, diz que a partir de março o concurso volta a andar e, até o meio do ano, teremos novos policiais.

Guarda Municipal

– Nossa população pode interpretar errado. Mas, somos uma Polícia centenária, 184 anos de existência. A Guarda Municipal tem oito anos. Eles foram criados para uma situação específica, cuidar o patrimônio do município, e devem atuar justamente nesses locais.

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