Negociações com o governo simplesmente não ocorreram, afirma Moacir Maia,
presidente do Sinpol-AM, contrariando a informação oficial
Policiais civis aprovaram indicativo no último dia 31 (Luiz Vasconcelos)
A dois dias para o início da Copa do Mundo, o impasse entre o Governo do Estado e a Polícia Civil continua
sem solução. Segundo Moacir Maia, presidente do Sindicato dos Funcionários da Polícia Civil do Estado do Amazonas (Sinpol), as negociações divulgadas pela Delegacia Geral nesta terça-feira (10) simplesmente não ocorreram.
“Desde que a gente anunciou o indicativo de greve, no último dia 31, o Governo nunca procurou a diretoria do Sindicato ou qualquer representante do movimento para apresentar uma proposta. Eles não fizeram nada. Então, tudo segue conforme o plano inicial: a partir das 8h do dia 13 (sexta-feira), a categoria vai paralisar e se reunir no local de concentração, na Av. Constantino Nery, próximo à Arena da Amazônia e ao Hemoam”, afirma Moacir.
Em nota oficial, a Delegacia Geral da Polícia Civil havia informado que “as conversas realizadas com as entidades que representam os Policiais Civis seguiram diálogo aberto” e que “as reivindicações foram apresentadas ao Governo do Estado, que, por sua vez, segue ouvindo a categoria”, o que o Sinpol nega.
Reivindicações
A Polícia Civil do Amazonas promete paralisar até 70% do efetivo nesta sexta-feira (13), num movimento que prejudica as atividades de investigação criminal, o Ronda no Bairro e até mesmo a emissão de RGs, todas funções que necessitam do apoio da PC. A principal reivindicação dos grevistas é a equiparação de salários dos cargos de investigador e escrivão com o cargo de perito. Eles também exigem a reforma da lei de promoções, o reajuste do vale-alimentação e a realização de um novo concurso público para a categoria.
O Governo do Estado informou que o novo Plano de Cargos, Carreiras e Remunerações (PCCR) da Polícia Civil, aprovado em 2012, garantirá ganhos salariais acumulados da ordem de 110% aos investigadores e escrivães da instituição.
“[O novo PCCR] agregou ganhos aos vencimentos dos servidores de forma escalonada, além definir uma diferença salarial de no máximo 10% de uma classe em relação ao salário da classe superior. Hoje essa diferença está em 7,5%. Com isso, os menores salários, os de classe inicial (policial investigador e policial escrivão), que em março de 2012 eram de R$ 2.999,90, saltaram para R$ 3.205,72”, explicou o governo.
A nota não mencionou se, com o acréscimo, os salários dos investigadores e dos escrivães ficariam equiparados aos dos peritos, principal pleito da categoria.
Além disso, o Governo afirmou que “até 30 de junho de 2014, um total de 1.550 servidores será promovido, entre delegados, investigadores e escrivães”, mas não informou sobre reformulações na lei de promoções, outra demanda dos policiais civis.
* Com informações do repórter Lucas
http://acritica.uol.com.br/manaus/Greve-Policia-Civil-continua-sindicato_0_1154284610.html
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